sábado, 19 de outubro de 2013


Interventor da Coomigasp realiza primeira visita à vila de Serra Pelada

 Marcos Alexandre Mendes, interventor nomeado pela justiça na Coomigasp(Curionópolis – PA – 18/10/13) O interventor Marcos Alexandre Mendes, nomeado pela Justiça de Curionópolis na sexta-feira passada (11/10) para reorganizar a Coomigasp em um prazo de seis meses, visitou na quinta-feira (17) a vila de Serra Pelada para conversar com os garimpeiros que moram na área. A maioria dos garimpeiros o recebeu de forma carinhosa e prestou bastante atenção em suas explicações durante reunião na sede antiga da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada.
A rejeição de uma minoria ocorreu apenas no momento em que o interventor visitou o acampamento instalado nas proximidades da área onde a empresa Colossus trabalha na escavação da mina, visando à produção de ouro, platina e paládio nos próximos meses. Algumas pessoas mais exaltadas não quiseram nem ouvir as explicações de Alexandre Mendes, alegando que “não vão aguentar esperar por mais seis meses para ver a situação resolvida”.
Bem calmo e demonstrando tranquilidade, o interventor disse que sua intenção era apenas conversar, trocar informações e declarou que está ao lado dos garimpeiros. “A intervenção não é para assumir a presidência da Coomigasp. Eu vim para organizar a cooperativa, já que ninguém sabia quem era o presidente de fato devido à disputa entre dois grupos de garimpeiros”, explicou. Ele deixou claro que não tem vínculo com a Colossus. “Nunca entrei na Colossus. Não tenho nada a ver com esta empresa. Fui nomeado para resolver a questão ao lado dos garimpeiros”, frisou. Apesar da insistência de Alexandre Mendes o grupo de pessoas acampadas não quis ouvir detalhes das explicações do interventor. “Não aceitamos esta intervenção. Não vamos ficar aqui sofrendo debaixo de lona por mais seis meses”, afirmaram alguns garimpeiros fiéis ao líder garimpeiro Vitor Alborado, que chegou a ser eleito em uma assembleia, que posteriormente foi anulada pela justiça do Pará, dando reintegração de posse ao presidente anterior, Valder Falcão.
Já de volta à sede antiga da Coomigasp, em Serra Pelada, Alexandre Mendes foi bem recepcionado por um grupo e teve a oportunidade de explicar os motivos da intervenção na cooperativa e como será o seu trabalho para organizar a entidade garimpeira. “Viemos para resolver o problema ao lado de vocês. Sou da região e conheço bem a realidade do garimpo de Serra Pelada”, destacou.
Depois, em entrevista à imprensa, o interventor fez uma avaliação positiva da reunião com os garimpeiros e funcionários da Coomigasp. “Foi bastante positiva sim. Os garimpeiros estão acreditando na Justiça. Vamos realizar um trabalho sério e transparente com a colaboração de profissionais capacitados e qualificados. Estamos aqui para lutar em favor dos garimpeiros”.
Abertura de contas
Sobre a reação contrária à intervenção, manifestada por um pequeno grupo no assentamento localizado próximo à área da mina, Alexandre Mendes considerou o fato normal. “Já estava preparado para aquela reação. Os garimpeiros estão cansados de ser enganados e a resposta nem sempre vem como eles querem. Vamos fazer o possível para que em seis meses a Coomigasp possa estar saneada. Vamos mostrar resultado”, declarou.
Ele disse que além de sanar as dívidas da cooperativa, uma das medidas principais “é providenciar a abertura de contas bancárias dos cooperados para que, em breve, quando a Colossus começar a pagar os dividendos da produção mineral, os garimpeiros recebam seus valores diretamente nas contas, sem interferência da cooperativa”. E mandou uma mensagem aos garimpeiros. “Confie no trabalho do interventor e de sua equipe de profissionais tecnicamente capacitados. Este sonho nós vamos realizá-lo. Haverá uma fiscalização constante sobre nosso trabalho e vamos fazer o melhor por vocês. Acreditem!”
Repercussão
O garimpeiro Gonçalo Ferreira da Silva, que há mais de 25 anos sonha em receber algum valor oriundo da exploração do ouro de Serra Pelada, estava confiante no trabalho no interventor. “Vamos aguardar acontecer. Esperamos dias melhores. Chega de sofrimento e só gastando dinheiro com viagens sem receber nada. Agora mesmo meus filhos estão precisando de dinheiro no Maranhão e eu não tenho como enviar nada para eles. Espero que ele resolva esta situação”.
O experiente garimpeiro João Francisco Gaia, de 73 anos, que chegou ao garimpo em 23 de abril de 1982, disse que estava cansado de promessas, mas também demonstrou confiança no interventor. “É um entra e sai de presidente e agora o interventor, muita promessa, mas nada se resolve. Mas esperamos que a partir de agora a coisa se reverta em prol dos garimpeiros”.
Outro garimpeiro, “seu” Lourival Chutz, de 76 anos, destacou que a esperança é boa. “Esperamos resultados positivos há 32 anos, mas até agora não sabemos o que vai acontecer. Nesse tempo todo comemos o pão que o diabo amassou, mas acredito que com o trabalho do interventor a coisa ficará boa para todos nós”.
Antônio Alves da Silva Neto, de Arapoema (TO), que também luta por seus direitos de garimpeiro desde a década de 1980, disse que “gostaria que o Arquiteto do Universo colocasse nas mãos das autoridades competentes a solução para o problema dos garimpeiros. Teve presidente que passou pela Coomigasp e até vendeu o que não era dele e sim o que pertence a esta classe sofrida”, destacou Antônio, alertando que “o interventor também deve tratar da regularização fundiária dos mais de mil hectares pertencentes à Coomigasp em Serra Pelada”.
O garimpeiro pediu justiça para esta classe tão sofrida. “Falta justiça para o povo garimpeiro. Se não tivermos uma força séria não vamos resolver nossa situação”, destacou. 
(Ascom-Coomigasp/Freddigasp).

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

“Nosso objetivo é sanear a Cooperativa”, diz interventor da Coomigasp

Alexandre Mendes, Nelson Medrado e Hélio Rubens
A Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), no município de Curionópolis, entra em uma nova fase sob intervenção da Justiça do Estado do Pará. A meta do Ministério Público e do interventor nomeado pela justiça, Marcos Alexandre Mendes, é reorganizar a entidade e resgatar os verdadeiros direitos dos sofridos garimpeiros que atuaram na década de 1980 naquele que foi considerado o maior garimpo a céu aberto do mundo. “Esta intervenção vai ser um marco na história da Coomigasp. O objetivo maior é sanear a cooperativa por intermédio de uma administração rigorosa, com profissionais especializados, após uma implacável auditoria nas contas da cooperativa e cumprir as cláusulas do TAC (Termo de Ajuste de Conduta) assinado em 2012 pela diretoria afastada da cooperativa”, afirmou o interventor Alexandre Mendes, em entrevista coletiva concedida ao final da tarde da última terça-feira (15), no auditório do Fórum de Parauapebas.
Marcos Alexandre Mendes, interventor nomeado pela justiça na CoomigaspSegundo ele, “os garimpeiros aguardam tudo isto e o direito de pegar em algum dinheiro há 32 anos e agora o sonho está sendo renovado”. O interventor nomeado da Coomigasp é paraense de Marabá, tem 34 anos, a família dele mora em Curionópolis, é formado em Administração e especialista em Gestão Administrativa, tento atuado em diversas empresas de renome nacional e até em multinacionais. A partir de agora, Mendes irá administrar 2% da receita do garimpo. Os outros 98% serão repassados diretamente aos cooperados com depósitos em suas contas bancárias.
Desvio de R$ 50 milhões
A entrevista coletiva contou com as presenças do Procurador de Justiça, Nelson Medrado, e do Promotor de Justiça, Hélio Rubens, que, juntamente com os promotores Guilherme Chaves e Franklin Jones foram os responsáveis pelo pedido de intervenção na Cooperativa feito em ação civil pública ajuizado pelo Ministério Público do Estado do Pará.
“Constatamos um aumento exagerado de garimpeiros; carteiras de garimpeiros sendo vendidas no Pará e no Maranhão para que outras pessoas fossem beneficiadas no futuro a partir da exploração do ouro pela empresa Colossus em Serra Pelada; desvio de dinheiro que ultrapassa os R$ 50 milhões nos últimos cinco anos; e ainda os dois veículos de propriedade da cooperativa estão em busca e apreensão, pois eram usados em benefícios pessoais do presidente afastado da Cooperativa. Além disso, até hoje a Coomigasp não possui sede própria. Houve ainda muitas fraudes em ações trabalhistas com o único objetivo de lesar o dinheiro do verdadeiro garimpeiro”, afirmou o promotor Nelson Medrado.
O promotor Hélio Rubens informou que “será feito um levantamento rigoroso destas dívidas trabalhistas; pagar os verdadeiros credores e expurgar as ações fraudulentas”. Rubens disse ainda que “será feito um acordo entre a Colossus e as agências bancárias para que o dinheiro caia diretamente na conta aberta por cada garimpeiro que de fato tem direito a receber os dividendos oriundos da produção de ouro, paládio e platina em Serra Pelada”. E destacou que “as contas do interventor serão fiscalizadas também pelo Ministério Público e por garimpeiros indicados pelos dois grupos que brigam pela direção da cooperativa e também divulgadas na internet”. O promotor ainda acrescentou que “o trabalho de Alexandre Mendes será totalmente transparente para que garimpeiros e a sociedade em geral saibam o que está de fato acontecendo na Coomigasp”.
Novo modelo de administração
Os promotores anunciaram que a Cooperativa de Garimpeiros de Serra Pelada passará por um novo modelo de administração, que também se preocupará com a questão social em Serra Pelada. “Quando a coisa começa errado, se você não consertar acaba saindo dos trilhos. Por isso tomamos a iniciativa de pedir a intervenção na Coomigasp, que tem um histórico de verdadeiro caos social, além de atos de violência constantes entre os grupos que sempre brigaram pelo domínio da cooperativa”, destacou o promotor Medrado, acrescentando que “a meta é que a Coomigasp conviva de igual para igual com a Colossus”, a empresa canadense responsável pela exploração mineral em Serra Pelada. “A Coomigasp, dona área do garimpo, é tão rica quanto à Colossus”, frisou Medrado.
“Vamos acompanhar o trabalho do interventor visando sanear a Coomigasp, defender os direitos dos garimpeiros e garantir que o dinheiro da produção do ouro chegue com segurança no bolso dos verdadeiros garimpeiros. Após seis meses de intervenção, cujo prazo poderá ser renovado, se for o caso, será eleita uma nova diretoria pelos próprios garimpeiros, mas se utilizando um novo modelo de votação, sem ser este usado nos últimos anos pelos candidatos que cometiam até crime eleitoral pagando o transporte e dando alimentação para os garimpeiros votantes. As eleições serão descentralizadas e ocorrerão também nas regionais da cooperativa nos demais estados”, afirmou o promotor Hélio Rubens.
Entenda o caso
A intervenção na Coomigasp foi decretada na sexta-feira (11) pelo juiz Danilo Alves, de Curionópolis (PA), atendendo o pedido feito pelo Ministério Público Estadual. Segundo o MPE, “o objetivo é que a cooperativa seja profissionalmente e administrativamente gerida, intencionando ainda garantir a lisura, transparência e legitimidade nas eleições internas dos seus dirigentes, vislumbrando atingir seu objetivo precípuo, que é a distribuição dos lucros aos seus cooperados”.
No começo deste ano foi afastado da presidência da Coomigasp o então dirigente Gessé Simão, de Imperatriz (MA), acusado de desvio de recursos da cooperativa, entre outras irregularidades. Assumiu o diretor administrativo, Valder Falcão, que não conseguiu trabalhar porque um grupo de oposição invadiu algumas vezes o prédio da Coomigasp, que era localizado na Rua Pará, no centro de Curionópolis. Valder obteve mais de uma vez o aval da Justiça para retomar ao poder, mas não conseguiu administrar a cooperativa.
A oposição realizou uma assembleia em agosto deste ano – anulada pela justiça – e elegeu Vitor Alborado, de Belém, como presidente. Passadas algumas semanas, garimpeiros ligados ao grupo de oposição invadiram mais uma vez o prédio da Coomigasp e levaram documentos e equipamentos, que até hoje não foram recuperados totalmente.
“Ninguém sabia quem era o presidente da Coomigasp. O que se via eram brigas, confusões, mortes, incêndios e tudo de ruim acontecendo em Curionópolis e em Serra Pelada, sem que ninguém se entendesse, e a Coomigasp sendo obrigada a depositar o repasse mensal, em torno de R$ 300 mil, em uma conta judicial para que não houvesse mais desvio de dinheiro dos garimpeiros”, declarou, indignado, o promotor de Justiça, Hélio Rubens.
Fonte: ASCOM-COOMIGASP -  Fotos: Francesco Costa.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

JUSTIÇA DE CURIONÓPOLIS E MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DECRETA INTERVENÇÃO NA COOMIGASP.
 
O juiz Danilo Alves Fernandes acatou pedido feito em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado, por meio dos promotores de Justiça Hélio Rubens, Guilherme Chaves e Franklin Jones e do procurador de justiça Nelson Medrado a intervenção judicial foi decretada nesta sexta feira (11), o interventor nomeado MARCOS ALEXANDRE MORAES MENDES terá seis meses podendo ser prorrogáveis, ao término do prazo de seis meses, o interventor deverá apresentar em juízo balanços circunstanciados, administrativo e financeiro, e relatório final indicando todos os atos que praticou e sugerindo as medidas que deverão ser adotadas pela diretoria eleita. De posse desses documentos, ouvindo o MP, decidirá esse juízo acerca da necessidade de prorrogação ou não do prazo de intervenção.

PARABÉNS A JUTIÇA DE CURIONÓPOLIS

ASSOCIADOS DA COOMIGASP AGRADECE POR ESTA IMPORTANTÍSSIMA DECISÃO.

Povo garimpeiro de todo Brasil, leia com atenção a Justiça tarda mais não falha. 

Intervenção 01
Intervenção 02Intervenção 03Intervenção 04Intervenção 05Intervenção 06Intervenção 07Intervenção 08Intervenção 09Intervenção 10Intervenção 11

Não podemos continuar assistindo os desmandos que vem acontecendo a mais de um ano, deixando o sofrido garimpeiro a flor da pele e não podendo fazer nada, queremos neste momento, os mais de trinta e sete mil garimpeiros  é ter certeza de que os nossos DIVIDENDOS passam a cair em nossas PRÓPRIAS CONTAS.  Neste momento é isso que mais interessa ao povo garimpeiro.   
Fonte Portal do Garimpeiro/Freddigasp